Exponho parcialmente o banner da apresentação e artigo do curso de bacharelado concluído em 2013.
Artigo Científico = PSICOLOGIA ESPORTIVA NAS CORRIDAS
DE RUA - Impedimentos em comum nos praticantes
19 de dezembro de 2013 às 22h27min
por
PABLO ANTONIO GOMES DOS SANTOS
EDUCAÇÃO FÍSICA
Resumo
O Objetivo é Abordar os aspectos
da psicologia dos praticantes de corrida da cidade de Campinas (SP) mostrando
características que elas apresentam nos eventos que participam. Numa Elaboração
de um questionário com 10 perguntas de múltipla escolha em que foram abordados
os dias e tempos de treino, eventos conhecidos e/ou populares que têm preferência
em participar, as distâncias que goste de correr e os fatores que levam ao
impedimento de participação de eventos e o que faria a diferença neles.
Observou-se que os variados praticantes de corrida da cidade são fervorosos e
dedicados na modalidade – pois gostam de correr a cada 3 dias a média de 9,33
+/- 7,25 km’s livremente – são formadores de opinião, demonstrando respostas
positivas em suas participações e que estão seguros não só do que praticam como
também tem consciência de que as corridas locais poderiam ser melhores
comparadas com a de outras cidades; sendo um dos fatores a ser evidenciado é a
questão do valor das inscrições de corrida, cada vez mais caros; bem como o bom
senso das organizadoras de corrida. O valor das inscrições de corrida é o fator
que mais impede ou desanima os praticantes na participação de eventos
esportivos que a corrida de rua traz, revelando que o esporte virou negócio
próprio e egocêntrico, fugindo do objetivo real do qual surgiu há séculos
atrás, que é a união e integração das pessoas no atletismo.
Palavras-chave: Corrida de rua;
psicologia da corrida; atletismo.
Metodologia
Aplicado um questionário de 10
perguntas de múltipla escolha, elas darão um diagnóstico sobre o que faz a
diferença, quais as dificuldades, e a análise da participação de homens e
mulheres – qual é a maioria, a idade média, e distâncias que gostam de correr e
a qual se treina.
Resultados e discussão
Primeira triagem. Nada
impede que um velocista faça um trabalho aeróbio para melhores
condicionamentos; por acaso, na pesquisa, 5 pessoas tidas como atletas
velocistas praticam corridas de rua normalmente
A grande maioria dos praticantes
de corrida na cidade prefere correr 10 km, por ser uma medida de quilometragem
exata, a que mais se faz no Brasil e por algum motivo se tornou um costume
correr 10 km e fazer avaliações com a quilometragem num número de fácil
multiplicação, principalmente as “contas de cabeça” pós-prova. Mais fácil
multiplicar um quilometro feito em “x” minutos depois fazer as contas por 10 ao
invés de 8 – e os medidores de passe se baseiam em medidas exatas e usam a
medida 10 km como base para os cálculos – e também há um contexto histórico
nesta distância pois no atletismo há uma prova de dez mil metros rasos.
Logo após a opção 10 km, temos a
de 5 km onde surge como segunda opção, tanto para quem quer correr menos como
para quem almeja outra corrida e deseja economizar forças para a que lhe convém
fazer.
No mesmo valor, as pessoas que
correm todas as corridas não veem diferenças nas outras distâncias, e quem
consegue correr 6 km correrá 21 km e vice versa, ou no esforço ou no lúdico. O
importante, neste aspecto, é que estes praticantes não enxergam empecilhos nas
corridas que fazem.
Após as participações de Katrine
Switzer e de Marizete Moreira serem populares e divulgadas na imprensa – neste
século e no século passado – a participação da mulher nas corridas de rua – que
já era meramente crescente – tornou-se maior ainda, justamente pela libertação
do preconceito e de tabus existentes na sociedade brasileira e nos países
afora.
Dos pesquisados, o gráfico mostra
que as terças e quintas-feiras são os dias que as pessoas mais estão correndo.
Um fator interessante é que 99% das corridas de Campinas são feitas no domingo
– pois o 1% pertence à chamada Corrida da Lua feita no sábado à noite – e se as
pessoas participam de alguma corrida no domingo, elas têm o descanso do
restante do dia e a segunda-feira; por isto na terça estão correndo de novo. O
efeito reverso é na quinta-feira, quando o treino deste dia é praticamente leve
para evitar desgastes que os dois dias de “descanso” levariam para recuperar
Apesar da corrida liberar altas cargas
de endorfina, um número considerado de pessoas correm na segunda-feira, cujo
resultado deveria ser maior; talvez pelo motivo desta semana iniciar com todas
as energias positivas possíveis; com isto, estes praticantes sabem fazer
daquela semana uma semana boa – saindo do nicho de pessoas que reclamam da
segunda-feira – fazendo valer a pena iniciar a semana correndo.
Nenhum dos pesquisados corre
menos de 30 minutos, fazendo a atividade aeróbia valer a pena; se considerar
que nos primeiros 20 – 25 minutos os ácidos graxos livres são usados como fonte
de energia, substituindo o glicogênio proveniente dos músculos.
Recomendações nacionais e
internacionais sugerem que as atividades aeróbias em algumas intensidades ou
quilometragens (velocidade/resistência) sejam praticadas por interessados com
18 anos de idade em diante. Menores de 16 anos devem obter autorização por
escrito de seus responsáveis e apresentar nas organizadoras ou obter delas
termos de compromisso e devolver com a assinatura dos pais.
Este gráfico mostra as idades por
faixa etária – divisões de 5 em 5 anos – e as premiações por este motivo em
alguns eventos de corrida são usados como incentivo paralelo para que os
praticantes voltem a correr no ano seguinte, além de sentir a sensação de poder
ter um troféu e subir ao pódio do mesmo jeito que o primeiro colocado subiu,
mesmo que seja na categoria “faixa etária”.
Nem sempre a distância que a
organizadora exige no evento é a preferida pelo praticante. Descobrindo qual a
distância que a pessoa prefere correr, a probabilidade do rendimento ser satisfatória
em 100% é maior do que a distância que ela acha que não está preparada para
correr ou acha difícil demais para suportar a carga.
A pergunta do gráfico considerou
as corridas acima de 5 edições, pois estas edições estão na memória ou “na boca
do povo” que corre. Em respeito aos praticantes de corrida as organizadoras
devem pensar nas tradições que os eventos proporcionam; mesmo que soe como uma
mensagem subliminar. Nem toda corrida de 2008 pra cá pôde estar nesta lista
porque a mesma foi extinta ou a organizadora não quis fazer o evento. Não
adiantará pesquisar sobre opinião de uma corrida que além de não estar na
tradição de sempre ser feita naquele ano, cairá no esquecimento de justamente
não ocorrer novamente naquele ano e nos próximos. Os praticantes de corrida
lembram dos eventos que participam e cobram o porque do mesmo não ocorrer ou de
haver mudado a data. Se eles cobram estas reivindicações é porque além de
gostarem do evento querem que o próximo seja melhor; e também porque outro
fator envolvido os fazem pensar assim: a superação de cada um em cada
evento.
O sedentarismo é um fator que faz
com que muitas pessoas não sejam – tão cedo ou por osmose – praticantes de
quaisquer atividades físicas que melhorem as expectativas de vida da pessoa.
Pior que o sedentarismo é o fator
financeiro quando se trata de ter acesso a tais praticas de atividades, e o
custo a tê-lo torna-se um fator altamente desmotivante, como numa variável: só
pode obter quem tem poder de aquisição. Nas corridas de rua como é o caso
percebe-se que o impedimento de muitos praticantes em inúmeros eventos e
circuitos de corrida é o fator “valor da inscrição”, o consumismo e a visão de
“corrida como negócio”; “elitização das corridas”. Entre as organizadoras de
eventos isto se comporta como um pecado mortal para com os praticantes, que
estão deixando de participar de alguns eventos que eram considerados
imperdíveis para serem feitos de maneira particular ou solitária. Alguns
participantes deixam de participar como forma de protesto na esperança de serem
ouvidos e fazer valer seus direitos.
Os eventos esportivos obtém
sucesso quando são bem organizados, tem visão de negócios, gestão de pessoas,
sabem lidar com as diferenças, possuem empatia e a administração de materiais,
processos e pessoas é eficaz. Além da compreensão dos valores humanos de onde o
atletismo propõe (de onde a corrida de rua surgiu).
A pesquisa mostra que, há
insatisfação do valor da inscrição ser caro demais comparado ao que o esporte
prega e vendo que isto também faz a diferença em certos eventos. A organizadora
de eventos tem a missão e obrigação de fazer aquele evento ser um sucesso e,
com isso a tradição que o mesmo tem ao longo dos anos seja não só respeitada
como lembrada. Há eventos que servem como referencia para outros e alguns são
conhecidos mundialmente e a responsabilidade de se carregar isto como um
serviço incomum fazem as pessoas opinarem esta questão em primeiro lugar, sendo
mais importante que a própria importância da distribuição de água durante a
corrida e o kit do qual a pessoa tem direito a receber quando se inscreve. Se o
“pecado mortal” que as organizadoras cometem continuarem ocorrendo, haverá
protestos em larga escala e que ganharão força, e esta força, nas redes sociais
faz a diferença entre eventos e eventos e alguns podem ser extintos, como foi o
caso da Corrida TVB em Campinas (SP).
Conclusão
Pelos gráficos, percebe-se
que os praticantes de corrida de Campinas correm muito bem. Fazendo jus ao que
opinaram na pesquisa. Provavelmente se não fossem corredores assíduos ou sem
hábitos de persistência ou o gosto, o vigor, as respostas seriam outras.
O valor da inscrição é o fator
que mais faz com que praticantes de corrida – iniciantes, intermediários e do
alto rendimento – desistem ou deixem de frequentar eventos esportivos porque o
espírito esportivo que fora pregado ao longo dos anos tem dado lugar ao
consumismo desenfreado, ao egoísmo, visão de arrecadação de lucros usando o
sentimento e as tradições que as pessoas possuíam quanto as praticas destes
eventos, bem como as sensações de auto superação particular de cada um onde
muita das vezes isto não é levado em conta.
A corrida como negócio esta
afastando as pessoas talentosas de sucessos extraordinários; muitas delas
poderiam desenvolver suas habilidades nas corridas e nas premiações extras
buscar motivações e continuar em seu trajeto – como é o caso dos atletas do
alto rendimento –e aqueles que fazem as corridas de forma lúdica começam a
pensar se vale a pena sair de casa domingo de manhã, para correr em um evento
cada vez mais caro onde não tem retornos psicológicos. Os retornos psicológicos
são todos os fatores que fazem as corridas de rua ficar mais divertidas para o
praticante, alem do próprio exercício o ser, e isto têm que estar claro para as
organizadoras que deveriam saber que quem faz as corridas de rua ser populares
são os próprios praticantes, que pagam e se inscrevem. As premiações extras, a
motivação do pessoal do staff, sorteios de brindes, divulgação deste evento na
TV – onde 90% da programação é futebol – são os retornos psicológicos que se
refere, aumentando o interesse de todos nestes eventos, e quaisquer ideias que
façam os participantes estarem mais à vontade. Este é o segredo. Em tradução;
diversão, alegria, motivação,
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Livro: Scott Powers 2004; 4
metabolismo do exercício, cap. pg. 57
Link's externos- Artigo disponível em Site externo: Psico. Esp. Corridas de Rua- como nota, no facebook: Proforienta/ Psico. Esp. Corridas
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