“Mini” competições
particulares
- Sorria, você (correndo) está sendo observado. Não se preocupe; isso é legal!
Algumas
pessoas, nos parques ou jardins, em suas atividades por lazer ou por diversão
ou porque estão inscritas em uma corrida podem ter uma coisa em comum: em seu
trajeto ela deixou alguém para trás; e esse alguém pode ser qualquer um.
Não temos
visão pela retaguarda e ainda não se criou óculos especiais para isto, senão as
pessoas poderiam ver como fica o rosto de quem é “ultrapassado” por alguém mais
forte ou mais condicionado.
Normalmente ao
final de uma corrida de rua, por exemplo, é comum eu escutar: “você correu
bem”; “puxa vida, está ótimo”; “foi muito bem, parabéns”! Por quê? Se cada um tem que se preocupar com
seu ritmo durante o trajeto, é normal que a individualidade biológica de cada
um reaja de formas diferentes; podendo ser treinada com o tempo, sem se
preocupar com ele – é o mesmo que dizer “correr sem pressa, sem compromisso;
livre leve e solto” – e pelo fato de cada um “descobrir”, no meio da atividade
seu potencial, esta pessoa mantém um ritmo agradável que ultrapasse as outras
até que cumpra o trajeto totalmente.
E aquele a
quem observa quem o ultrapassa começa a fazer análises e autoanálise de quem
está a sua frente; do tipo: “ele(a) é “fortinho” e me passou”; “ele(a) é
magrinho e me passou”; “ele(a) é magrinho e me passou”; “ele(a) é mais velho e
me passou”; “ele carrega uma bateria velha de carro na cabeça e me ultrapassou”
(pois é, já vi este participante várias vezes em algumas corridas aqui em
Campinas e outras na capital); e assim por diante.
Estas
autoanálises eu mesmo já fiz, antes, durante, depois da corrida, 2. 3, 5, 24,
72 horas após as corridas e me levou a respostas ou conclusões que a maioria
das pessoas corredores teria: preciso treinar mais.
O consenso de
poder treinar mais é justamente o fato de alguém que você viu; durante o
exercício; conseguir por um tempo lhe ultrapassar e por em xeque tudo o que
você aprendeu e se vale a pena continuar com aquele método, terreno, modo de
pensar, professor, atitudes, e tudo aquilo que outrora te motivara a correr e
pela carga de instrução ser posto a prova por você mesmo naquele momento. A
prova disso seria você ter um rendimento e respostas corporais e a pessoa que
lhe ultrapassou ter outras. Que respostas corporais são essas? Semblante;
postura; quantidade de suor; som da pisada ao chão; som de sua respiração; ação
e reação de perigo à frente; mudança de direção; e nas provas de corrida reação
ao pegar um copo de água ou não; reação ao amarrar um sapato se precisar;
reação ao ver um fotógrafo, reação de pose para a foto; reação a plateia
interagindo; reação ao ver o painel de tempo decorrido do evento; entre outras
reações.
Então; se
alguém aparecer e lhe tocar no ombro e lhe der os parabéns pelo resultado,
dizendo que te viu correr o tempo todo, seja só você e a pessoa num parque
19h00 ou numa São Silvestre, por exemplo, se quiser, faça o que eu fiz das
outras vezes: agradeça e diga: “se eu posso você pode”!
Primeiro porque
a felicidade que a pessoa tem no momento – embora a liberação de endorfinas
numa hora dessas é muito elevada – de alguma forma ela vai querer compartilhar
isto com alguém, e escolhendo este alguém por acaso vai querer puxar conversa –
o que é totalmente normal – e se por um acaso ela fez este mesmo participante
de uma corrida qualquer um alvo a ser ultrapassado e estipulou alguma coisa
como prazo para fazer isso (por exemplo, 2 voltas no parque ou a linha de
chegada numa corrida popular por exemplo) e na verdade aconteceu o contrário; aí é mais
um motivo para conversas e conversas sem fim, elogios, comparações, breves
histórias e relatos, irem juntos compartilhar um punhado de água, compartilhar
endereços de redes sociais, se socializar, etc.
Isso aconteceu
comigo inúmeras vezes. Só quem sabe o que é irá concordar.
Coisa ruim é
ter um sentimento tão bom e não poder compartilhar isso naquele momento, como
uma fera enjaulada desesperada para sair. Vejo pessoas correndo e terminando
suas corridas chorando e não é por acaso. Não creio que uma bolha no pé lhe dê
altas dores assim.
Afinal de
contas tudo teve um início; e estas atitudes fazem-me lembrar de onde saí e
para onde estou indo.
Vivendo e
aprendendo!
Obs: Texto não publicado em outras mídias. Quando o for o link de seu acesso estará disponível.
Isso é tudo.
Vida longa para todos!
- Canal no Youtube - corredor 944
- Facebook - Pablo Antônio Gomes dos Santos
- Orkut - corredor 944 Pablo
- G-Mail e telefone - somente via mensagens
Nenhum comentário:
Postar um comentário