Conheça seu corpo [36]: INFORME SUAS SENSAÇÕES NO
TREINAMENTO
Os exercícios físicos devem ter um senso em que não ocorram
nem excessos nem faltas. O suficiente para que os objetivos sejam melhorados
num espaço de tempo em que, para cada um, seja entendido como EFICIÊNCIA.
Só porque uma pessoa conseguiu seu objetivo em um certo
tempo não quer dizer que todas as outras devam fazer o mesmo (exemplo:
emagrecer 10kg em uma semana sendo que a média mundial é 6k; ou baixar o tempo
de corrida para 2:55min/km em um ano quando a média mundial é de 3:13min/km em 2 anos)
As pessoas devem entender que cada um, quando se esforça,
conseguirá seus objetivos mais cedo ou mais tarde. A pílula, soro, comprimido,
suco, jeitinho milagroso e brasileiro do que realmente precisam chama-se FORÇA
DE VONTADE.
Nem todos a tem.
O ACSM (Colégio Americano de Medicina do Esporte), diz que
para que haja alterações positivas corporais as atividades físicas em pessoas
saudáveis serão mantidas com uma intensidade superior a 60% da capacidade
máxima de cada indivíduo.
CADA INDIVÍDUO. Cada um reagirá de um jeito.
Tratando-se de reabilitação os valores serão readaptados
conforme o paciente.
As formas de medirmos a intensidade do exercício, a mais
usada é a aferição da frequência cardíaca e a medição por esforço, de modo
subjetivo é mais um meio para acrescentar, numa margem de segurança, os métodos
que o praticante e seu instrutor terão em consenso.
O peso, sobrepeso, cardiopatia e outros supostos problemas
podem comprometer desempenhos; mas nada que possa atrapalhar quando o
raciocínio é “realista”; existem sim os riscos e sabendo destes riscos
prescrevem-se métodos de treinamento para que um “alvo” seja atingido com
sucesso. É por isso que eu vi uma vózinha de 95 anos na São Silvestre de 2009!
A baixa estatura, musculatura aparentemente “fraca” numa corrida daquela a
impediu de realizar este feito em 2h? NÃO. Ela tinha riscos? Sim, mas o
treinamento foi realista o suficiente para que algo incrível acontecesse:
completar a prova das 17h as 19h.
A medição por esforço subjetivo é conhecida como “escala de
Borg” e será melhor explicada na próxima postagem.
Referência: não oficial: http://www.spc.pt/dl/publico/mulher2011/escala_de_borg.pdf
Site externo: http://pt.wikipedia.org/wiki/Escala_de_Borg
***
Escala de Borg ou Tabela de Borg.
Cada um tem sua forma de interpretar esforço e a partir
disso dizer em forma de reclamação, sugestão ou elogio o que se pensa. Não dá
para saber o que realmente a pessoa está pensando; mas supõe-se que pela
sinceridade dela o treinamento (neste caso) possa melhorar assim que treinador
e treinado se entendam.
Quando os dois lados entrarem em um consenso os objetivos
serão concluídos.
A escala criada pelo fisiologista sueco Gunnar Borg para a
classificação da percepção subjetiva do esforço promete revelar a quem a
avaliar a sensação do esforço e com isso sugerir métodos de treinamentos que
possam melhorar a capacidade do interessado; ou revelar erros comuns que
precisam ser corrigidos.
As escala numérica de 0 a 12 e readaptadas da original que
ia de 0 a 20, o interessado a utiliza para afirmar sua própria percepção de
esforço. É, por exemplo, mais uma forma de realizar ma avaliação física além
das medições de freqüência cardíaca, por exemplo.
O método subjetivo, que é a tabela, só irá funcionar quando
a interpretação for sincera e respeitada o bastante para ser entendida e o
protocolo de treinamento sugerido pelo instrutor for realista o bastante para
ser interpretado como ideal ou adequado para executar. Um exemplo é sugerir um
candidato acima do peso querer realizar um tiro de 400m de corrida no mesmo
nível de um de menor peso; ou na academia sugerir agachamento livre 20kg cada lado
sendo que o candidato não treinou TODOS os músculos abdominais para suportar na
descida do peso, conhecido como “fase excêntrica”.
A tabela de Borg é algo mais pessoal, de foro muito íntimo e
só funcionará quando este sentimento (o qual é particular de cada um) for
levado em conta na reclamação/ sugestão/ elogio do treino.
É quando se ouve do(s) praticante(s): “o treino foi DA HORA,
facílimo”; “O treino foi de boa, mais ou menos”; “o treino foi difícil demais,
quase morri”...
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