83º Corrida Internacional de São Silvestre

31/12/2007.
O único registro que eu tenho.

Lembro que um conhecido de vista; no call center; um mês antes da São Silvestre; avisou que as inscrições haviam acabado. Fiquei triste por um momento pois queria saber como seria aquela corrida na capital.

Na época a inscrição era $60.

Descobrindo, com muito custo, quem eram os organizadores, recebi uma resposta do e-mail deles, nada amigável, sobre porque não avisaram sobre onde fazer a inscrição pra corrida. Até hoje sei de có a resposta. O e-mail devo ter apagado no mesmo dia:
"as inscrições estavam abertas o tempo todo. Problema seu".
Ué, mas perguntei o porquê não avisaram. É claro que estavam abertas o tempo todo mas nem na globo mesmo nem em nehum lugar havia sequer uma vinheta ou propaganda comentando ou informando. Haja vista que haviam corridas menores e que vira e mexe, em transmissões locais transmitiam vinhetas sobre suas corridas. Ora., São Silvestre é corrida pequena?
O que estava em jogo é a interpretação de texto ESCRITO - imagina se fosse falado pessoalmente ou por telefone - e Se fosse eu o atendente, diria: "as inscrições infelizmente acabaram mas na próxima vez, com "x" dias antes, entre no site "x fulano" e se inscreva baixe o boleto (que não existia a propriedade "imprimir em pdf" ainda), faça o pagamento e pegue o kit no dia "tal tal tal".
Mas parece (e pareceu) que eu teria problemas futuros com tal organizadora. Mas enfim.

É só o que eu tenho de foto, print screen e 3 horas de lan house até achar minha foto. Me lembrei de qual local o fotógrafo esteve e procurei na parte "não identificados". Só 2 fotos em 8 sites diferentes de corrida. É o que tem.

Raramente ia para a capital sozinho. Só sei que quando saí na paulista, a mágica da corrida .... me lembro como se fosse hoje. 
E é impressionante como eu ainda não descobri tudo nela. Tem corrida que eu já dei largada em todo lugar. São Silvestre não. Não dá. É muita gente. Era maravilhoso!

E tudo o que eu já vi de bonito em todas as corridas, lá foi multiplicado por 100

Na linha de largada, com minha mochilinha de treinamento que levava pro parque ecológico, com uma bíblia dentro e o pouco de dinheiro pra voltar, fui vendo e curtindo a vibe. Vendedores de sucos e água estavam doidos pra vender o peixe deles. Tinha fantasiados lá, me lembro um - já tirei fotos com ele - que se fantasiou de "corno", embora parecesse com um homem das cavernas. 

Não me lembro muito dos detalhes. Apenas corri. Joguei água no corpo como de costume. 

E me lembro da Brigadeiro Luis Antônio.


Quando terminou a corrida, chorei segurando as emoções. Não havia ninguém que eu conhecesse ali pra dividir a sensação. Fiquei feliz, EXTREMAMENTE feliz.  Olhava para o redor e... "voei". Não me lembro de mais nada depois dessa.

Pior que abrir a mochila e perceber que estava tudo molhado dentro (quem não está inscrito tem direito a guarda-volume? Com quem eu deixaria? Com o segurança qualquer e num papo esquisito deixaria minha mochila "ali" pra correr maie leve?) foi na hora de ir embora.

No ônibus, "Cometão", Bandeirantes, tive sensações terrivelmente esquisitas. Não sei explicar até hoje. Aí o frio do ônibus e a roupa úmida da corrida adicionou o terror. Vieram na minha cabeça pensamentos negativos, de morte, de acidentes, de coisas ruins. Praticamente a viagem INTEIRA!  2h de São Paulo - Campinas! No último banco tentava me livrar deles. Não sei o porque; até me lembro de uma música do Ne-Yo constantemente só que NÃO...SEI.... EXPLICAR.... o motivo! Previsão? Premonição? Que mané previsão! Mas e aí? Pra quem eu iria falar? Abri orkut pra adicionar pessoas e ter amigos, mas por todos fui esquecido e ninguém de quem eu conhecia até o momento se lembrou que eu existia. Por mais "guerreiro promissor" que eu fosse me tornar ninguém enxergava essa possibilidade e no fim das contas todo mundo virava para seu lado e já era... 

Tratamento psicológico? Ajuda de um treinador?
Não tive. E aí? Morri?

Era só eu e Deus. 

Aí na igreja, virando o ano, as decisões de continuar correndo se firmaram. Provavelmente havia uma promessa ou algo maior pra vivenciar. 
Mas uma coisa eu confirmo. Aquele terror, no ônibus, nunca mais voltou.

Isso é tudo.


Agradeço a atenção!
Vida longa para todos




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