Spartan Race no Rio de Janeiro

Aprendi mais uma coisa nesse evento. Por isso farei dois textos distintos; sobre a prova e emoções associadas e sobre as minhas expectativas ao longo do tempo.


primeiro texto: A PROVA


Desde o início da divulgação da etapa no Rio, os pensamentos em vencer neste evento foram um só. O foco, treino, determinação todos os dias foram constantes. Na perua, de carona, a cada 5 minutos nela, 3 foram pensando no evento; se imaginando nele, correndo nele, planejando, até a linha de chegada. Em primeiro. Desejei muito isso. No último evento em Pirapora do Bom Jesus (ainda não sei porquê escolheram essa cidade) ter vencido em terceiro colocado num ano que foi repleto de histórias diferentes de conquistas e lutas, estar nessa terceira etapa será um planejamento espetacular e audacioso, e completo com a vitória. 

De maneira rápida, pegar os kits da corrida, se organizar, e se concentrar foi o mesmo que nas corridas comuns: simples, direto, o salmo lido e o posicionamento na frente de largada foram tranquilos. Nem parecia que eu estava em outro estado; como se eu estivesse perto de casa, que vou a pé pra corrida.
Os companheiros se aproximaram após o primeiro muro a ser pulado, e a aglomeração fez o nervosismo subir e precisei me controlar. Quando a buzina tocou, as lembranças na corrida do bradesco, bentão, Track Field Iguatemi de 2010, CasaCor 2009, 5 milhas de joaquim de 2012 vieram rapidamente a cabeça, mas me livrei delas antes de tomar um capote logo na tansição "mato-asfalto-mato".

Ladeira a frente, arames em cima, rasguei bandana e camisa e continuei. Jogo da memória.... e...enfim. Estar nessa terceira etapa será um planejamento espetacular e audacioso, e completo com a vitória. Só que não. 

O obstáculo conhecido como "log hop" (busque no Google) o tronco mexeu mais da metade do caminho, e caí. Paguei 30 burpees indignado comigo mesmo. Companheiros passaram. 
Meu Deus...





Continuando...  ainda dava pra recuperar. Porém no obstáculo "multi rig" passei areia nas mãos pra tirar o suor dos dedos. O que tinha no ferro? Àgua, em forma de vapor, gotículas... Virou uma pasta.
Caí. Paguei 30 burpees indignado comigo mesmo. Companheiros passaram.
Meu Deus...




Dava murros e tapas no chão de raiva. [Assim que se honra o grupo que te trouxe? Errando? A mente dizia toda hora]


Atirar a lança no boneco, tive que me concentrar pra não errar. Errei na etapa passada. Não dava pra pagar 90 burpees no mesmo dia. Nunca fiz isso. Demorei 2 minutos pra acalmar o corpo. Resolvi atirar. Acertei a cabeça. A marca ficou, lado direito, 3 dedos acima do olho direito, na máscara. Saí.  Os outros obstáculos foram sendo feitos e passei andando pelo fogo. Não incomodava mais nada. A mente acusava demais, não tenho como descrever. Passei em oitavo colocado em tempo bruto, fiquei em nono por tempo líquido. A esposa do Gabriel Menezes, me deu os parabéns. Peguei minha medalha, saí, me isolei e fiquei refletindo por horas. A mente não parava de acusar, e foi difícil controlar isso. Mas tive que fazer uma coisa que o Eric sempre faz; que era ... curtir o evento. "Desbaratinar". A superação contra os pensamentos negativos vieram de vez com essa mensagem via whats.

















Aí eu entro no segundo texto:
Minhas expectativas ao longo do tempo.


Havia um tratamento negativo interpessoal que sofri, que por vezes fui obrigado a estar vencendo sempre para "ser aceito" em grupos que não se sabe até hoje se eu seria apoiado ou não, independente da minha situação financeira ou psicológica e ainda associarem a cor da pele como prognóstico para que vitórias acontecessem para merecer ser ouvido pelo menos; do contrário ... ser ignorado. Nem sempre as conversas foram pacíficas e pra mudar isso a idéia era que se eu fosse visto ou notado a situação mudaria. Não mudou. Piorou. Preciso tratar meu joelho esquerdo, panturrilha direita e as lombares 1 a 5.

Então...pra quê se martirizar?

O que não irá mais ocorrer é eu querer ter habilidades de atletas profissionais sem ter as mesmas condições, sendo que a minha rotina não corresponde a deles, que só treinam. O suporte é outro, tudo se diferencia e os riscos são diferentes. Quem tem contrato por exemplo, tem suporte médico particular; eu, o SUS. É correto? 

Devido ao erro repetitivo de se martirizar por um troféu ou dois porque o que eu vivi "exigia" isso e a autocobrança elevava o corpo a cargas que não suportava, a beira do fanatismo que de novo quase me prejudicou; pessoas queridas desfizeram amizade por não suportarem ver esta situação por mais de uma vez. Pra que isso não ocorra mais, minha linha de pensamento mudou e venho dizer que a luta continua, a resistência as adversidades também e não deixarei meus valores que tantos anos me reergueram. Contudo o resguardo e a saúde virão em primeiro lugar toda vez que o limite se atingir e eu não tiver suporte para a compensação. Me lembro bem que No exército o sargento foi bem claro ao declarar que "em missões só se cobra do militar o que ele aprendeu, ou o que ele tem de equipamento. Não tem? Nem a ordem dada a ele ocorrerá". 







Em resumo, capacidade eu sempre tive e farei todo o possível, mas quando o objetivo não for concluído (troféu) não posso e nem aceitarei ser acusado ou chamado de todas as coisas ruins relacionadas a incompetência; pois foi disso que fui chamado por anos quando eu não ganhava certas corridas e isso tem sido desculpa para que acordos futuros não sejam feitos: "vai pra ganhar, não ganha?Não tem"; não existe superação nem valores esportivos quando se trata de "apego ao dinheiro". Até porquê só se sabe da minha vida de atleta caso eu escreva, do contrário ninguém saberia.


A postagem do print, repetindo, diz sobre a honra que eu dei ao participar do grupo SPARTANCAST que me patrocinou praticamente, e por isso mesmo todas as minhas idéias serão revistas. Motivo? Não olharam somente se eu venceria ou não, e sim dedicação, empenho, comprometimento, fé, foco, objetividade.  Eu sempre tive isso, do contrário eu não iria nos eventos; e posso contar nos dedos os grupos de corrida que tiveram esse olhar. Nem tudo é pódio, nem tudo é prêmio, nem tudo é "material". É sim importante mas é conseqüência. Porquê não vi isso anteriormente? Não sei. Vai ver a força estava sendo empregada na direção errada. Há pessoas que recebem, aprovam e devolvem energias positivas quando eu passo. Por isso farei como o Eric e demais participantes pós evento: Curtindo-o, independente do resultado porque nele positividade sempre ocorrerá e troféus são conseqüências; não sofrendo psicologicamente e se martirizando como antes.

Não mais. 

Bem que disseram no grupo do whats app e em outros momentos ao longo da vida: "pior inimigo é a mente"; mesmo. Grandes batalhas todos os dias. 


Em contrapartida, a corrida de rua no Brasil tem sido desfavorável com muita gente, principalmente nas inscrições. Eqüidade não vejo e não há previsões positivas até  momento. Que isso seja revisto, por todos os envolvidos.









A encerrar, De carona, na ida e na volta, de perua numa viagem longa, recebendo orações de muitas pessoas que sabendo ou não que iria viajar para  um estado onde alguns moradores comentam sobre a violência diária local mas que mesmo assim é amado; ir e voltar em segurança e sem problemas é um fator a ser observado. Como também o Ser atleta profissional e amador; são universos paralelos que as pessoas não entendem, mesmo neste século e com a facilidade da informação à sua mão.  A proteção divina que ocorreu e as risadas durante a viagem não tem preço e esse momento em 12 anos de corrida foi o primeiro a ser vivido tão intensamente.

Dividir momentos de alegria com aqueles que tem os mesmos objetivos que os meus, dentre risadas e piadas, conversas sérias e conselhos excelentes; o tempo passou rápido demais pra uma viagem longa ao invés de uma viagem meramente mais rápida e sozinho. Isso é sensacional! Viveria novamente as risadas na ida e na volta com a Cristiane, Nair, Fit, Maria, Dante, Vini, Samantha, no evento com o Eric, Marcão, Aranha, Léo, Gabriel Menezes, Pedro Jordano, e na volta pra casa com a Sul Rosa e seu treinador, e tantos outros que não sei o nome mas o dia foi "Mastercard"; não tem preço! E podemos ter a certeza de que na próxima na perua terá música pra animar ainda mais a galera que, na volta, às vezes vinha o sono, mas quem disse que a falação desenfreada terminava?

É... foi ótimo! Precisamos disso mais vezes.


Nunca senti isso antes. Na verdade, na casa da Bia no dia que venci a Bravus logo de madrugada no encontro dos "Anjos" também foi ultradivertido.

São sensações sensacionais que ... são reflexivas.



Fazer o possível quando puder, ouvir e filtrar só o necessário e útil; resguardar-se em saúde física e mental; aproveitar e rir mais nas viagens longas; quando houver as condições prometidas e aí sim estar de igual pra igual com os competidores; curtir o momento até o final; são as tarefas diárias daqui pra frente. 


Deus ajude nos momentos de fraqueza, perdoe os pensamentos, fortaleça a mim e aos demais.
A resistência as adversidades continua.


Agradeço a atenção.

Vida longa a todos!



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